Quando a Assistência Social Rejeita: Viver Fora do Binário Não Pode Ser Obstáculo

Um dos maiores desafios enfrentados por pessoas trans não binárias e ciborgues é serem reconhecidas como sujeitas de direitos dentro da assistência social. Muitos equipamentos públicos, como CRAS e CREAS, ainda operam com visão binária e normativa de gênero, tornando o acolhimento parcial ou inexistente. O que é uma política pública universalista para alguns, torna-se uma barreira para outros.

A dissertação mostra que muitas pessoas não procuram os serviços por medo do preconceito, do desrespeito ao nome e pronome, ou por já terem sido revitimizadas em atendimentos anteriores. Em vez de encontrar apoio, enfrentam constrangimentos que reforçam o ciclo de exclusão e vulnerabilidade.

Para que a assistência social seja realmente um espaço de cuidado e transformação, ela precisa abraçar a diversidade em sua integralidade. Isso inclui formação contínua, protocolos sensíveis à identidade de gênero e o compromisso com uma prática que valorize a escuta, a empatia e o enfrentamento das desigualdades estruturais.

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