A Violência Começa no Silêncio: A Invisibilidade Trans no Sistema de Segurança

A ausência de dados sobre violência contra pessoas trans não binárias é um dos fatores que perpetuam a impunidade. Os registros oficiais não refletem a realidade porque muitos crimes sequer são contabilizados corretamente. O simples fato de não respeitar o nome social já compromete todo o processo de investigação, atendimento e reparação.

Kayodê alerta para o apagamento das pessoas trans não binárias em dossiês e relatórios de violência, o que gera uma falsa sensação de que essa população é menos afetada. Na prática, o que vemos é um ciclo de violência silenciada que impede que políticas públicas sejam formuladas com base em evidências concretas.

A construção de uma segurança pública cidadã e inclusiva começa pela visibilidade. Precisamos de dados desagregados, delegacias preparadas para o atendimento à população LGBTIQPA+ e protocolos que respeitem a identidade de gênero desde o momento da denúncia. Invisibilizar é uma forma de matar.

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